terça-feira, 30 de dezembro de 2008

24 Horas, Primeira Temporada

O primeiro dia mais longo na vida de Jack Bauer

Tenho por mim que cada pessoa interpreta um espetáculo artístico da sua maneira, até ai, óbvia constatação. Mas acrescento que a idade também faz a opinião mudar. Eu era novo demais quando assisti a primeira temporada de 24 Horas. Em uma época pré-download, sagradamente eu ligava minha tv com imagem analógica no canal Fox.

Acompanhei a série em tempo real, com seus intervalos comerciais, variações de humor do espectador e eventuais impaciências de quem não quer esperar até 22 horas da noite por um novo episódio.

Aos meus dezessete anos eu já podia afirmar a qualidade da série como excelente série de ação, por isso, nada mais certo, e obrigatório, do que rever a série, mais velho e também em formato digital.

A primeira temporada envelheceu muito bem, em uma grandiosa história de ação. Os núcleos desenvolvidos são muito bem dosados e até mesmo o núcleo que os fãs amam reclamar, o da gracinha sem graça Kim, funciona nesse primeiro ano.

Jack Bauer também é mais humano, não uma máquina de extermínio como se viu nas últimas temporadas. O que é justificado pela sequência de acontecimentos em cada temporada. Mas nesse primeiro longo dia de sua vida, Jack almoça, chora (quatro vezes, ou seja, muito mais do que vários marmanjos já choraram em toda vida) mas, desde já, não dá sinais de chegar nem perto do banheiro.

A premissa da série, para aquele que ainda não conhece e não viveu nesse mundo nos últimos sete anos, é sobre um grupo terrorista que tem planos de assassinar um senador negro que concorre a presidência no dia das primárias americanas. É quando entra em ação Jack, o até então chefe da CTU, Unidade Contra o Terrorismo.

Além da inovação de trabalhar em tempo real, fazendo que um sinal de transito seja ameaçador pelos segundos que se gastam, a série é também responsável por renovar o fôlego das séries americanas que saíram de um grande marasmo e começaram a produzir material de muito boa qualidade.

Ainda que anualmente o fluxo de séries produzidas seja grande, hoje é possível encontrar não só uma gama de séries sobre diversos assuntos mas também uma qualidade elevada em grade parte delas. Que o digam House M.D, Prison Break, Nip / Tuck e afins.

Não render-se a segunda temporada da série, após rever a primeira, é quase uma missão impossível. Mas darei espaço para outras séries por enquanto, para em breve comprar a caixa sonho de consumo com todas as seis temporadas. Mesmo sabendo que as edição não serão as belas edições lançadas em digipack inicialmente, ainda assim é uma bela caixa para quaquer coleção de dvds.




sábado, 27 de dezembro de 2008

Novembro em livros

A lista dos livros lidos em novembro, inaugurando a cotação de 0 a 5 em pilulas de Vicondin.


Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez

Não é preciso ser entendido de Letras para saber que esse livro é um marco, do que, não é nem necessário saber (Mas sabendo, da literatura latino-americana). Ao iniciar a leitura da deliciosa história fictícia da cidade de Macondo e das desventuras da família Buendia, o realismo fantástico de Marquez pouco a pouco narra e dilacera cada geração da família, deixando o leitor com uma impressão amarga dessa cidade que parece atemporal. Um livro denso que já considero um dos melhores na minha lista de livros.





Hamlet - William Shakespeare

Ainda não encontro palavras que possam definir a obra máxima do bardo inglês. Motivado pela encenação da peça com Wagner Moura no papel principal, depois de mais de um ano com a edição pocket com tradução de Millor Fernandes na estante de meus livros, resolvi ler a obra máxima da dramaturgia ou, como diria Harold Bloom, o poema ilimitado Hamlet.

A fluidez do texto e da narrativa com todos seus conflitos entre o jovem Hamlet revoltado com a morte do pai pelas mãos do tio é uma história sublime. Ainda me lembro da sensação de desconforto que tive ao ver a peça e, em seguida, ao ler o texto. Os monólogos do jovem Hamlet são reflexões brilhantes e a metalinguagem criada pelo grande bardo só comprova a maestria com a qual ele escrevia seus textos. Incrível.

"Mostra-me o homem liberto das paixões que o guardarei aqui em meu coração", Hamlet para Horácio.





Bellini e os Espíritos - Tony Belloto

Terceiro livro do personagem Remo Bellini e quarto livro do escritor, guitarrista e marido da Malu Mader, Tony Belloto. Fã do gênero policial, Belloto criou um detetive particular interessante, com as velhas e boas características de qualquer detetive decadente. Porém, suas tramas ainda precisam de mais articulação. Nesse terceiro livro, Bellini investiga a morte de um corredor da São Silvestre que sofreu um aparente ataque no meio da corrida, daí para os desdobramentos comuns - que sempre acho interessantíssimos - das obras policiais. Há cenas com grande clima, mas outras um tanto exageradas acabam por desequilibrar uma trama que poderia ser melhor conduzida como um todo.





O Amor Esquece de Começar - Fabrício Carpinejar

Conheço mais Fabrício Carpinejar pelo nome do que pela obra. De suas poesias li muito pouco e de sua prosa apenas esse livro. O Amor Esquece de Começar não é de todo o mal, são crônicas afetivas que abordam diversos temas inerentes a um relacionamento. Desde as dúvidas de um início de namoro até as separações e brigas. O problema é que as crônicas são muitas e antes mesmo do meio do livro a repetição, não só temática como narrativa, começa a surgir. O livro está mais para acompanhar uma cômoda feminina, lendo uma crônica a cada dia, do que um criado mudo masculino. Mas no final o livro ganha fôlego novamente, as crônicas que fecham o livro, "O que um homem quer?" e "O que uma mulher quer?" são dois belíssimos textos em opostos .





Os Desafios da Terapia - Irvin D Yalom

O psicólogo e escritor Irvin D Yalom é conhecido por seu romance best seller Quando Nietzche Chorou. Nesse livro, o autor deixa a ficção de lado para contar em curtos tópicos diversos casos que já aconteceram em sua longa jornada como terapeuta, bem como apresentar formas de compreender melhor a função de um terapeuta e de um paciente e apresenta os desafios da profissão. O livro, como diz o próprio autor, não tende a ser um livro técnico. É um livro possível de ser lido por um público amplo que esteja interessado no assunto. Como sou curioso a respeito de psicologia o livro caiu muito bem. Simples, bem escrito e todo apuro técnico bem detalhado pelo psicólogo escritor.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sete Coisas

Das listas bobas e divertidas que recebemos, diretamente d`O Jardim Dos Gatos Teimosos.

1) Sete coisas que eu faço bem

- escrever
- cornetar
- tocar violão
- vagabundear
- fotografar
- fazer montagens nos programas de edição
- humilhar as pessoas com palavras


2) Sete coisas que eu não faço e não sei fazer

- cozinhar
- castelo de cartas
- coisas com delicadeza
- Equilibrar coisas
- Fazer malabares com mais de dois objetos
- dançar moonwalker
- arrotar

3) Sete quatro coisas que me atraem no sexo oposto

- inteligência
- beleza
- senso de humor
- sorriso

Já fazem uma mulher incrível.

4) Sete coisas que me irritam no sexo oposto

- burrice
- burrice
- burrice
- burrice
- frescura demais
- chatisse demais


5) Sete coisas que eu digo com frequência

- todo mundo mente!
- isso é idiota!
- e ai, seu gay?
- e tal
- tipo assim
- puxa meu dedo!
- Sim Sim / Não Não


6) sete atores/atrizes que eu gosto

- George Clooney
- Rodrigo Santoro
- Wagner Moura
- Edward Norton
- Selton Mello
- Johnny Depp

7) sete atores/atrizes que eu odeio

- Cameron Diaz
- Nicolas Cage (nos últimos filmes em que ele esqueceu o que é ser ator)

Não consigo pensar em mais


8) sete filmes que eu gosto

- Forrest Gump
- Beleza Americana
- Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
- Os Infiltrados
- Edward, Mãos de Tesoura
- Casablanca
- O Rei Leão


9) sete filmes que eu odiei

(ando vendo muitos filmes ruins)

- Fim Dos Tempos
- A Dama da Agua
- Missão Babilônia
- Alma Negra
- Almas Nuas (com a Pamela Anderson, uma piada)
- Motoqueiro Fantasma
- Perigo em Bangkcok


10) Sete livros favoritos

- O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
- Alta Fidelidade, Nick Hornby
- O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald
- Lolita, Vladmir Nabokov
- A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera
- Pergunto ao Pó e Sonhos do Bunker Hill, John Fante
- Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez


11) Sete coisas legais dos últimos sete dias

- Ter lido o livro "Post Mortem" de Patrícia Cornwell e, assim, descobrir uma nova autora policial incrível.
- Meu queridos patacas Vinício do Santos e Leandro Durazzo serem bem sucedidos em suas provas de mestrado
- Já ter entrado em clima de férias, mas repito, estou de férias faz tempo.
- Ter recebido meu box da quarta temporada do House que veio com uma caneta, caderno e porta remédio personalizado. (sintam inveja fãs nerds)
- O Guns´n Roses terem lançado após muito tempo o cd Chinese Democracy, mesmo que o mesmo seja uma pretensão completa, foi uma coisa legal.
- A terapia em grupo em uma madrugada a dentro com Vinício, Natália e eu.
- Minha terapia individual que sempre me desvenda um pouco mais.


12) Sete constatações inúteis

- Eu gosto do Pato Fu!
- Metade das lojas de Araraquara tem Coara no nome ou as palavras "morada" ou "sol".
- Somos Quatro Patacas mais somos cinco.
- Existe muito mais entre o céu e a terra do que sonha nossa filosofia.
- Eu tenho problemas com pessoas novas no meu circulo, meus amigos sabem.
- Nunca é lupus.
- O céu é azul lá de cima.
- Podia, hein!
- Tchau, to indo, já fui!