sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Semana em filmes (10 a 16 de Maio)

Star Trek (Star Trek)

Dir. J. J. Abrams



Mesmo que alguns especialistas digam que não, é explícito que o cinema americano está em declínio. Não só greves estão no histórico recente de seu passado, como a maioria dos filmes ou são adaptações de idéias já criadas em outros meios ou revitalizações de séries antigas.
Porém, muito pior do que isso é constatar que diversos filmes lançado nos últimos anos, não só contem pouca originalidade como, apesar do apuro técnico, são extremamente ruins. Filmes de terror adaptados sem critério, obras do mestre Hitchcock recebendo releituras e muitos filmes que poderiam ser bons, ganham, no máximo, a alcunha de legal, algo que poderia ter sido e não foi. Passando-nos a sensação de que a baderna é tanta que qualquer produção que possa salvar a indústria está sendo feita as pressas, por desespero.
Portanto, foi com extrema cautela que não só os fãs da série Star Trek – Jornada nas Estrelas, como os cinéfilos em geral, aguardavam a revitalização da série. Mais um argumento antigo seria inovado pelos produtores americanos e mais uma vez uma decepção poderia surgir.
Mas o cuidado do diretor J. J. Abrams e dos produtores foi tanto, que tanto os fãs, quanto aqueles que estão conhecendo agora as aventuras da nave Enterprise, podem assistir tranquilamente esta nova produção, que recebeu o cuidado e a atenção devida para não cair no limbo de grandes produções que pecam no produto final.
O aspecto mais interessante do filme encontra-se em seu roteiro que – fiquem tranqüilos, não vou revelar – por conta de um pequeno detalhe, dá todo sentido a trama e sua conseqüência em relação a série, já que a narrativa desse filme se passa antes dos acontecimentos da série clássica.
E embora mantendo-se longe das rédeas de um filme de ficção tradicional - parecendo-se mais com uma aventura repleta de ação - é louvável que a produção seja bem articulada, dando gosto de assisti-la.
Star Trek é, desde já, uma das melhores produções lançadas este ano nos cinemas. Ano um tanto quanto morno.




O Buraco (The Hole)

Dir. Nick Hamm


Sem nenhuma pretensão aparente, é impressionante como O Buraco é um bom e eficiente filme de suspense. Tendo como principal a atriz Thora Birch, logo após seu papel em Beleza Americana- sua trama chega a soar boba de tão simples, mas talvez esse conceito básico que ajude a manter a tensão e o clima.
Birch é Liz Dunn, uma das estudantes de um grupo de amigos que decidem passar alguns dias no buraco, um antigo abrigo anti-bombas. Porém, quando eles descobrem que estão de fato trancados no lugar, o desespero os invadem já que é impossível que alguém de fora consiga escuta-los.
Talvez, o mínimo da história seja o melhor para se apreciar a história que, aos poucos, vai iluminando os fatos e narrando o que verdadeiramente aconteceu nos dias em que aqueles estudantes ficaram trancados no abrigo. Atrevo-me até em dizer que o final é um tanto quanto verossímil, se comparamos este com diversos finais de outros suspenses.
Pena que após essa produção, a boa atriz Thora Birch conseguiu atenção em só mais um papel e nunca mais ganhou o destaque merecido. E o diretor, Nick Hamm, dirigiu após este apenas uma outra produção: O Enviado, suspense altamente duvidoso com Robert DeNiro.




A Rocha (The Rock)

Dir. Michael Bay


Chega a ser inacreditável que esse bom filme de ação seja do explosivo Michael Bay, com um elenco central de primeira e uma trama legítima de filmes de ação.
É um suspiro aliviado para mim encontrar Nicolas Cage em um bom papel. E sempre um prazer em ver Sir Sean Connery como o melhor dos melhores na história, responsável por ajudar os mocinhos a salvar o dia.
Para quem não se familiariza com a trama de A Rocha, e assim perdeu muitas vezes o filme na televisão, a história gira em torno de um general frustrado que na antiga prisão de Alcatraz fazem um grupo de turista de refém e ameaçam explodir diversas bombas contra a cidade. Deixando a responsabilidade de evitar que o desastre aconteça nas mãos de um perito em armas químicas (Cage) e o único homem que já conseguiu fugir da prisão (Connery).
O resultado da trama e da tríade de bons atores é um bom filme de ação, talvez um dos mais significativos da fraca década de noventa. Ainda que não seja um exemplar perfeito, possuíndo alguns defeitos, é irresistível quando algum canal o exibe. Chega a ser incrível pensar que o diretor seja mesmo Michael Bay.

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