segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Semana em Filmes (11 a 17 de Julho)


Abismo do Medo 2 (The Descent: Part 2)

Dir. Joe Harris


Dando seqüência cronológica aos acontecimentos exibidos no primeiro filme, Abismo do Medo 2 sofre dos efeitos comuns de uma continuação de uma produção de terror.
É uma continuação que segue a risca o modelo de seu original, não dando nenhum elemento novo ao público. O resultado é que até mesmo os sustos e a claustrofobia bem construída se tornam recursos vistos e conhecidos anteriormente.
Assim, da mesma forma que o primeiro grupo de garotas a explorar o interior de uma montanha desconhecida, o grupo de resgate que intenta resgatá-las tem a mesma missão ingrata: sair de um lugar desconhecido com, aparentemente, algo maligno.
Como crava a cartilha tudo nesta produção tende a ser maior. Sustos, cenários e até os monstros aberrantes que ganharam nova arcada dentária – imperceptível, confesso.
A produção é a primeira a ser dirigida por Joe Harris e fica a sombra do original de Neil Marshall. Não por ser uma produção definitivamente ruim, mas por dar seqüência a ação sem nenhuma inovação, resultando em algo sem graça.



O Colecionador de Corpos (The Collector)

Dir. Marcus Dunstan


O terror é sempre o primeiro a sofrer quando se fala em roteiro. Seus realizadores devem supor que um amontoado de cenas assustadoras, mutilações e perseguições são o prato cheio para completar o gênero, esquecendo que sem a estrutura do roteiro, seu esqueleto, poucas produções são capazes de funcionar. Seu resultado, normalmente, é a incompreensão.
É assim que sente-se Arkin um pequeno ladrão que, em situação ruim, resolve assaltar a casa de seus patrões que estariam em viagem. Mas ao entrar na residência, descobre que ela se tornou repleta de armadilhas de um homem sádico, que tortura a família no porão. Ao encontrar uma caixa em um dos quartos, descobre que o tal torturador é conhecido como o colecionador de corpos, mantendo uma pessoa viva, dentro de uma caixa, como um brinquedo.
Sem ter relação nenhuma com a família, sente pena da situação e resolve salva-los, ainda mais que está em questão a pequena filha do casal, que lembra a filha do próprio Arkin.
E em um patético jogo de gato e rato, onde a personagem foge de diversas armadilhas da casa, ele tenta reverter o jogo. Não que a trama faça algum sentido.
Nenhum elemento sequer é explicado, os acontecimentos parecem jogados em cena e, além de tudo, sua capa conta a grande vantagem de ter os mesmos roteiristas da saga Jogos Mortais. Demonstrando o grande talento da dupla tratando-se de tramas densas.


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