quarta-feira, 15 de julho de 2009

Prison Break, Quarta Temporada

Chega a hora derradeira do acerto de contas

Lançada na entre safra das temporadas de séries americanas – a chamada mid-season – Prison Break tornou-se em uma grata surpresa. O sucesso inesperado da trama não só agradou ao público quanto a crítica e recebeu aval para ter uma primeira temporada completa, ganhando um novo horário de exibição.
Quatro anos após sua estréia, a história de fuga, ação desenfreada e acasos de Michael Scofield e Lincoln Burrows chega ao fim. Embora anunciado como um cancelado pela emissora, era evidente que desde a temporada anterior o desfecho estava próximo. Era escolher encerrar uma boa trama ou desestrutura-la com prolongamentos.
A qualidade e habilidade com que Prison Break foi realizada em sua totalidade é admirável. Quem pensa que a série toda se passa na prisão, está engano. Ela é apenas o começo.
Por conta da progressão natural da história, em nenhuma das quatro temporadas houve uma dose repetida de ambiente. Nota-se muito talento dos roteiristas para retirar as personagens do habitat conhecido pelo público e inseri-las em outro contexto e, mesmo assim, manter a qualidade e fluidez da narrativa.
Desde o início, a série equilibra-se entre momentos tensos de ação, desses conhecidos por tirar o fôlego, e saídas, ganchos e estratégias inteligentes que, se são óbvios clichês no gênero de ação, bem utilizados trazem mais vigor a história.
Assim como, nitidamente, o equilíbrio narrativo também divide-se na personalidade dos dois irmãos: Michael Scofield é o estrategista por trás das ações, Lincoln Burrows o brutamontes que as executa.
Não só a dupla principal merece atenção, o universo regido pela série é digno de destaque. Tratando-se de uma série cujo ambiente é a prisão, a lista de indivíduos com histórias duvidosas e personalidades duplas é imensa. É impossível não se lembrar do ator Robert Knepper, que faz o insano Theodore 'T-Bag' Bagwell, estuprador e assassino, docemente mortal. Lamentável apenas que um bom ator como Knepper ainda esteja fazendo papéis pequenos no cinema repetindo sua persona de bandido.
Além das quatro boas temporadas, um telefilme – ou se preferirem um episódio mais longo – foi lançando com a história de um período que a série não mostra, chamado de The Final Break.
Prison Break encerra sua exibição como uma bem sucedida séria contemporânea, com um nível elevado de qualidade e tensão de primeira classe. As três primeiras temporadas já se encontram em dvd e a quarta chega nos próximos meses. Quem não viu, fica a recomendação de reservar alguns finais de semana para uma grande sessão pipoca.



Nenhum comentário:

Postar um comentário